O parque Santa Lúcia é uma área verde pública do município de Belo
Horizonte. Foi criado pelo Decreto n. 6.544, de 5/6/1990,
construído pela SUDECAP e administrado pela Regional Centro-Sul da Prefeitura
Municipal. O parque Santa Lúcia teve como objetivo de reordenar a área do
entorno da barragem Santa Lúcia, englobando a represa, e de criar um espaço de
integração entre a população circundante, por meio de um parque ecológico e de
lazer conjugado com a função de amortecer o impacto das águas das chuvas na
rede de drenagem pluvial urbana proveniente das drenagens dos bairros
circundantes.
No parque, com uma área aproximada de 98 mil metros quadrados,
está inserido o lago, resultante do represamento das águas pela barragem. Ele
localiza-se dentro do contorno da avenida Arthur Bernardes, no bairro Santa
Lúcia. A comunidade lindeira é composta pelo aglomerado Santa Lúcia a leste,
cuja população é predominantemente de classe baixa, e pelos bairros São Bento,
Santa Lúcia ao sul, Vila Paris a oeste, e Santo Antônio ao norte,
caracterizados por uma população variando entre as classes média e alta.
A idéia conceitual do projeto do parque baseou-se na possibilidade
de integração da população pertencente às comunidades lindeiras e no
atendimento de seus diversos interesses no uso do local, envolvendo práticas
esportivas, espaços para eventos e contemplação com um caráter seguro. Além do
caráter de integração, considerou-se a água como elemento de ambientação, capaz
de garantir harmonia num vazio urbano dessa área, que era considerada
degradada, abandonada e suja, além de insegura. Assim, a presença do lago e de
outros espaços a ele vinculados para atender a comunidade consistia na
estrutura-chave do projeto.
Projeto Parque Santa Lúcia, implantado pela Prefeitura
Municipal de Belo Horizonte (PBH), na área da barragem Santa Lúcia. Em
1, a represa. Em 2, o complexo esportivo. Em 3, uma das praças internas
previstas, a qual está conectada às demais a partir do percurso periférico à
represa restaurada. Em 4, brinquedos. Em 5, o estacionamento. Em 6a a chegada
do Córrego do Leitão, canalizado. Em 6b a chegada do Tributário Santa Maria. Em
7, o sumidouro.
A água, portanto, considerada o elemento que estrutura o projeto,
chega ao parque em forma de cascata, enchendo a represa de 35.000 m2 e com
um metro de altura de profundidade, onde são estruturados os espaços para os
usos que estão dispostos em sua volta. No parque não há nascentes, embora a
lagoa seja alimentada pela água de três nascentes situadas à montante na rua
Laplace, conduzida através de uma adutora por gravidade que passa pelas ruas
Laplace, Harley e Kepler, avenida Consul Cadar e rua Michel Jeha,quando entra
na área do parque. As nascentes afloram em lotes particulares.
Têm suas captações
comprometidas por estarem expostas e sem proteção. A qualidade das águas das
nascentes e da lagoa não é confiável, apresentando alto índices de coliformes,
pois foi detectada a existência de fossas a montante do local da nascente,
cujos efluentes se infiltram no solo, podendo ser uma das causas de
contaminação de águas das nascentes.
O acesso ao parque se dá pela avenida Arthur Bernardes, que o
circunda, havendo um bolsão de estacionamento com a capacidade de 76 veículos.
O parque é composto: de uma pista de caminhada com a extensão de
830 metros; uma ciclovia com a extensão de 470 metros, ambas asfaltadas com
sistema de drenagem e sarjeta de tijolo laminado; duas praças de descanso,
equipadas com bancos e sombreamento proveniente do paisagismo; duas praças de
ginástica, equipadas com barras, pranchas para alongamento, bancos, bebedor e
quiosque; praças, localizadas ao redor da represa, denominadas Mirante,
Esplanada, Praça da Sombra, Praça do Sossego, Praça das Crianças e Praça dos Esportes.
Todas as praças têm acesso pela avenida Arthur Bernardes, sendo tratadas com
piso em concreto, com junta de tijolo laminado e equipadas com bancos
revestidos com cacos de cerâmica, mesas de tijolo laminado entre os bancos de
alvenaria, bancos de concreto pré-moldado, bancos de cilindro de concreto e
caco de cerâmica, lixeiras, bebedouros, mesas de damas e quiosques para venda
de sanduíches, refrigerantes, água de coco, para breves lanches.
No caso do paisagismo, a vegetação foi adotada observando-se a
volumetria, o aspecto cromático o ritmo e a textura das plantas, além da época
de floração de cada árvore. Os artifícios de elaboração do paisagismo do parque
visaram possibilitar ao usuário a percepção de contrastes de cores, assim como
estimular-lhe as sensações olfativas e visuais. Foram plantados árvores de
porte médio e grande, árvores frutíferas, arvoretas, palmáceas, arbustos,
plantas herbáceas e forração. A sinalização do parque é feita por postes com
comunicação visual e gráfica com a finalidade de indicar o tipo de equipamento,
o seu uso, lembrando os deveres e cuidados dos usuários. O parque possui
sistema de iluminação e irrigação automáticos .
Projetos culturais -
Barragem Santa Lúcia
A Barragem Santa Lúcia além
de seu importante papel de reter as águas das chuvas é uma referencia de lazer
e integração entre moradores de classe média e de vilas e favelas.
A Barragem é palco de
diversos eventos culturais que proporcionam a população diversas opções de
lazer.
Ao longo do ano são
realizados eventos como; Carnafavela em comemoração ao carnaval; Dia das
Crianças, Festa Junina e a tradicional Virada do Ano.
A proposta do parque, portanto, foi de oferecer atividades de lazer dimensionadas para a população num âmbito predominantemente local de uso cotidiano. Com a implantação do parque, buscou-se a criação de um lugar capaz de fazer referência ao “ambiente natural”, de modo a utilizar o potencial da água como ambiência para os encontros sociais, visadas, percursos e aproximações para um contatos com o ambiente natural integrado ao cultural, valorizando seus múltiplos aspectos significantes.
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