sábado, 15 de junho de 2013

Parque da Barragem

O parque Santa Lúcia é uma área verde pública do município de Belo
Horizonte. Foi criado pelo Decreto n. 6.544, de 5/6/1990, construído pela SUDECAP e administrado pela Regional Centro-Sul da Prefeitura Municipal. O parque Santa Lúcia teve como objetivo de reordenar a área do entorno da barragem Santa Lúcia, englobando a represa, e de criar um espaço de integração entre a população circundante, por meio de um parque ecológico e de lazer conjugado com a função de amortecer o impacto das águas das chuvas na rede de drenagem pluvial urbana proveniente das drenagens dos bairros circundantes.



No parque, com uma área aproximada de 98 mil metros quadrados, está inserido o lago, resultante do represamento das águas pela barragem. Ele localiza-se dentro do contorno da avenida Arthur Bernardes, no bairro Santa Lúcia. A comunidade lindeira é composta pelo aglomerado Santa Lúcia a leste, cuja população é predominantemente de classe baixa, e pelos bairros São Bento, Santa Lúcia ao sul, Vila Paris a oeste, e Santo Antônio ao norte, caracterizados por uma população variando entre as classes média e alta.



A idéia conceitual do projeto do parque baseou-se na possibilidade de integração da população pertencente às comunidades lindeiras e no atendimento de seus diversos interesses no uso do local, envolvendo práticas esportivas, espaços para eventos e contemplação com um caráter seguro. Além do caráter de integração, considerou-se a água como elemento de ambientação, capaz de garantir harmonia num vazio urbano dessa área, que era considerada degradada, abandonada e suja, além de insegura. Assim, a presença do lago e de outros espaços a ele vinculados para atender a comunidade consistia na estrutura-chave do projeto.


Projeto Parque Santa Lúcia, implantado pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH), na área da barragem Santa Lúcia. Em 1, a represa. Em 2, o complexo esportivo. Em 3, uma das praças internas previstas, a qual está conectada às demais a partir do percurso periférico à represa restaurada. Em 4, brinquedos. Em 5, o estacionamento. Em 6a a chegada do Córrego do Leitão, canalizado. Em 6b a chegada do Tributário Santa Maria. Em 7, o sumidouro. 

A água, portanto, considerada o elemento que estrutura o projeto, chega ao parque em forma de cascata, enchendo a represa de 35.000 m2 e com um metro de altura de profundidade, onde são estruturados os espaços para os usos que estão dispostos em sua volta. No parque não há nascentes, embora a lagoa seja alimentada pela água de três nascentes situadas à montante na rua Laplace, conduzida através de uma adutora por gravidade que passa pelas ruas Laplace, Harley e Kepler, avenida Consul Cadar e rua Michel Jeha,quando entra na área do parque. As nascentes afloram em lotes particulares.

 Têm suas captações comprometidas por estarem expostas e sem proteção. A qualidade das águas das nascentes e da lagoa não é confiável, apresentando alto índices de coliformes, pois foi detectada a existência de fossas a montante do local da nascente, cujos efluentes se infiltram no solo, podendo ser uma das causas de contaminação de águas das nascentes.

O acesso ao parque se dá pela avenida Arthur Bernardes, que o circunda, havendo um bolsão de estacionamento com a capacidade de 76 veículos.

O parque é composto: de uma pista de caminhada com a extensão de 830 metros; uma ciclovia com a extensão de 470 metros, ambas asfaltadas com sistema de drenagem e sarjeta de tijolo laminado; duas praças de descanso, equipadas com bancos e sombreamento proveniente do paisagismo; duas praças de ginástica, equipadas com barras, pranchas para alongamento, bancos, bebedor e quiosque; praças, localizadas ao redor da represa, denominadas Mirante, Esplanada, Praça da Sombra, Praça do Sossego, Praça das Crianças e Praça dos Esportes. Todas as praças têm acesso pela avenida Arthur Bernardes, sendo tratadas com piso em concreto, com junta de tijolo laminado e equipadas com bancos revestidos com cacos de cerâmica, mesas de tijolo laminado entre os bancos de alvenaria, bancos de concreto pré-moldado, bancos de cilindro de concreto e caco de cerâmica, lixeiras, bebedouros, mesas de damas e quiosques para venda de sanduíches, refrigerantes, água de coco, para breves lanches.




No caso do paisagismo, a vegetação foi adotada observando-se a volumetria, o aspecto cromático o ritmo e a textura das plantas, além da época de floração de cada árvore. Os artifícios de elaboração do paisagismo do parque visaram possibilitar ao usuário a percepção de contrastes de cores, assim como estimular-lhe as sensações olfativas e visuais. Foram plantados árvores de porte médio e grande, árvores frutíferas, arvoretas, palmáceas, arbustos, plantas herbáceas e forração. A sinalização do parque é feita por postes com comunicação visual e gráfica com a finalidade de indicar o tipo de equipamento, o seu uso, lembrando os deveres e cuidados dos usuários. O parque possui sistema de iluminação e irrigação automáticos .


Projetos culturais - Barragem Santa Lúcia

A Barragem Santa Lúcia além de seu importante papel de reter as águas das chuvas é uma referencia de lazer e integração entre moradores de classe média e de vilas e favelas.

A Barragem é palco de diversos eventos culturais que proporcionam a população diversas opções de lazer.
Ao longo do ano são realizados eventos como; Carnafavela em comemoração ao carnaval; Dia das Crianças, Festa Junina e a tradicional Virada do Ano.


A proposta do parque, portanto, foi de oferecer atividades de lazer dimensionadas para a população num âmbito predominantemente local de uso cotidiano. Com a implantação do parque, buscou-se a criação de um lugar capaz de fazer referência ao “ambiente natural”, de modo a utilizar o potencial da água como ambiência para os encontros sociais, visadas, percursos e aproximações para um contatos com o ambiente natural integrado ao cultural, valorizando seus múltiplos aspectos significantes.





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