quinta-feira, 20 de junho de 2013

Entrevista - Alexandra Maria



Nome: Alexandra Maria Amaro
Idade: 37
Profissão: Vendedora

Qual motivo de vir morar aqui?

Sempre morei na barragem.

Como era a lagoa na época?

Era um brejo.

Quais foram às mudanças ocorridas até os dias de hoje?

Com o crescimento da cidade foram necessárias algumas intervenções na urbanização, na capitação da água da chuva, sendo necessária a criação da lagoa, buscando uma melhor qualidade de vida.

Durante o tempo em que você esteve na barragem (lagoa), você observou alguém entrar nela? Em caso afirmativo, por que essa pessoa entrou? Ela fazia ideia das contaminações aos quais estava exposta?
Sim, para nadar, acredito que não.

Na sua visita a barragem você percebeu alguém pescando? Em caso afirmativo, conte o número de pescadores.
Varias vezes, eram muitos.

A barragem Santa Lúcia é frequentada por crianças? Se sim, o que elas faziam? Tiveram contato com água ou peixes?

Sim, brincavam, nadavam, pescavam etc. Sim, algumas crianças gostam de nadar na lagoa.

Existem quais peixes na barragem?

Não faço a mínima ideia.

Qual o sentimento da população local com a relação atual da barragem Santa Lúcia e do Córrego do Leitão?

Preocupante, pois a população não esta sabendo do que se trata a obra que esta havendo na lagoa.

A população local constatou melhorias das condições da barragem Santa Lúcia e do Córrego do Leitão nos últimos anos?

Não ocorreram varias enchentes na prudente de Moraes nos últimos anos.




Entrevista - José Getúlio


Entrevista - Estelina Diogo



Nome: Estelina Diogo da Silva
Idade: 77 anos
Profissão: Aposentada


Qual motivo de vir morar aqui?

Foi por meio de enfermidade, pois meu marido estava doente naquele tempo.


Como era a lagoa na época?

Era grande, bonita e bem limpa.

Quais foram às mudanças ocorridas até os dias de hoje?

Há muito tempo teve que esvaziar ela, pois tinha muitas pessoas morrendo afogada nela, e depois fez o córrego assim fazendo outra lagoa.

Durante o tempo em que você esteve na barragem (lagoa), você observou alguém entrar nela? Em caso afirmativo, por que essa pessoa entrou? Ela fazia ideia das contaminações aos quais estava exposta?
Sim, pois a lagoa não era muita contaminada nesse tempo, pois as pessoas usavam dessa água para lavar as rupas.

Na sua visita a barragem você percebeu alguém pescando? Em caso afirmativo, conte o número de pescadores.
Sim, eram muitos.

A barragem Santa Lúcia é frequentada por crianças? Se sim, o que elas faziam? Tiveram contato com água ou peixes?

Não

Existem quais peixes na barragem?
Cará e Traíra.

Qual o sentimento da população local com a relação atual da barragem Santa Lúcia e do Córrego do Leitão?

Ficou bem melhor do que era antes.

Entrevista - Edna Cristina

Nome: Edna Cristina A. de Almeida
Idade: 43
Profissão: Dona de Casa

Qual motivo de vir morar aqui?

Não morava com os meus pais, eu vivia em um internado para meninas, minha mãe já morava aqui já tinha uns 5 ou 6 anos e eu vim morar com era aos 13 anos de idade.

Como era a lagoa na época?

Aonde que é a lagoa e a praça agora, era uma quadra e um espaço com muito mato e lama, que enchia com muita água da chuva e do esgoto.

Quais foram as mudanças ocorridas até os dias de hoje?

As mudanças foram muito boas para a comunidade, as enchentes acabaram, o lugar foi transformado em uma praça muito confortável, agora termos tratamento de esgoto, e água potável em casa. Não só a lagoa que foi uma mudança muito boa para a comunidade, como a transformação na praça (incluindo a lagoa) teve construções de escadas, ruas asfaltadas, mudança no posto de saúde nas escolas e projetos valoráveis para a comunidade.  

Durante o tempo em que você esteve na barragem( lagoa),você observou alguém entrar nela ? Em caso afirmativo, por que essa pessoa entrou? Ela fazia ideia das contaminações aos quais estava exposta?

Sim, muitas pessoas, ainda mais logo depois da construção da praça, famílias e amigos usavam a praça como um lugar de lazer, para nós a construção da lagoa foi uma forma da comunidade de se divertir. Às vezes ainda tem crianças que nadam na lagoa.

Na sua visita a barragem você percebeu alguém pescando? Em caso afirmativo, conte o número de pescadores.

Como eu disse, logo após a construção da muitas famílias nadavam e pescavam frequentemente, como uma forma de lazer. Hoje em dia existe umas 4 a 6 pessoas que pescam, mas sempre são as mesmas pessoas.

A barragem Santa Lúcia é frequentada por crianças? Se sim, o que elas faziam? Tiveram contato com água ou peixes?

 Não .

Existem quais peixes na barragem?

Não sei, nunca pescar e comi peixes desta lagoa. Para mi atualmente não tinha nem peixe na lagoa.

Qual o sentimento da população local com a relação atual da barragem Santa Lúcia e do Córrego do Leitão?



A população local constatou melhorias das condições da barragem Santa Lúcia e do Córrego do Leitão nos últimos anos?


Sim, pra mim a barragem pode ser considerada já um bairro, a condição dos moradores estão melhores, o modo de viver aqui esta bem mais confortável e pratico. E com a reforma no córrego do leitão acabaram as enchentes e inundações.   

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Barragem Santa Lúcia

A lagoa da barragem existia um espaço de cerâmica e um brejão onde moravam algumas poucas famílias. Na época houve muitos conflitos entre os moradores e a polícia, mas os proprietários antigos abandonaram o local permitindo a ocupação. No início não existiam ruas, somente trilhas feitas pelos tropeiros que circulavam pela área. De acordo com moradores mais antigos, um desses tropeiros era o Senhor Guido, que criava bois no local onde hoje é conhecido como Praça do Boi. 

Ainda segundo José Pedro Moreira até a década de 80 o governo não oferecia o mínimo de infra-estrutura à comunidade. O processo de urbanização foi iniciado na década de sessenta quando foram instalados três chafarizes, quando não existia esgoto, rede elétrica, assistência medica e transporte. 

sábado, 15 de junho de 2013

Parque da Barragem

O parque Santa Lúcia é uma área verde pública do município de Belo
Horizonte. Foi criado pelo Decreto n. 6.544, de 5/6/1990, construído pela SUDECAP e administrado pela Regional Centro-Sul da Prefeitura Municipal. O parque Santa Lúcia teve como objetivo de reordenar a área do entorno da barragem Santa Lúcia, englobando a represa, e de criar um espaço de integração entre a população circundante, por meio de um parque ecológico e de lazer conjugado com a função de amortecer o impacto das águas das chuvas na rede de drenagem pluvial urbana proveniente das drenagens dos bairros circundantes.



No parque, com uma área aproximada de 98 mil metros quadrados, está inserido o lago, resultante do represamento das águas pela barragem. Ele localiza-se dentro do contorno da avenida Arthur Bernardes, no bairro Santa Lúcia. A comunidade lindeira é composta pelo aglomerado Santa Lúcia a leste, cuja população é predominantemente de classe baixa, e pelos bairros São Bento, Santa Lúcia ao sul, Vila Paris a oeste, e Santo Antônio ao norte, caracterizados por uma população variando entre as classes média e alta.



A idéia conceitual do projeto do parque baseou-se na possibilidade de integração da população pertencente às comunidades lindeiras e no atendimento de seus diversos interesses no uso do local, envolvendo práticas esportivas, espaços para eventos e contemplação com um caráter seguro. Além do caráter de integração, considerou-se a água como elemento de ambientação, capaz de garantir harmonia num vazio urbano dessa área, que era considerada degradada, abandonada e suja, além de insegura. Assim, a presença do lago e de outros espaços a ele vinculados para atender a comunidade consistia na estrutura-chave do projeto.


Projeto Parque Santa Lúcia, implantado pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH), na área da barragem Santa Lúcia. Em 1, a represa. Em 2, o complexo esportivo. Em 3, uma das praças internas previstas, a qual está conectada às demais a partir do percurso periférico à represa restaurada. Em 4, brinquedos. Em 5, o estacionamento. Em 6a a chegada do Córrego do Leitão, canalizado. Em 6b a chegada do Tributário Santa Maria. Em 7, o sumidouro. 

A água, portanto, considerada o elemento que estrutura o projeto, chega ao parque em forma de cascata, enchendo a represa de 35.000 m2 e com um metro de altura de profundidade, onde são estruturados os espaços para os usos que estão dispostos em sua volta. No parque não há nascentes, embora a lagoa seja alimentada pela água de três nascentes situadas à montante na rua Laplace, conduzida através de uma adutora por gravidade que passa pelas ruas Laplace, Harley e Kepler, avenida Consul Cadar e rua Michel Jeha,quando entra na área do parque. As nascentes afloram em lotes particulares.

 Têm suas captações comprometidas por estarem expostas e sem proteção. A qualidade das águas das nascentes e da lagoa não é confiável, apresentando alto índices de coliformes, pois foi detectada a existência de fossas a montante do local da nascente, cujos efluentes se infiltram no solo, podendo ser uma das causas de contaminação de águas das nascentes.

O acesso ao parque se dá pela avenida Arthur Bernardes, que o circunda, havendo um bolsão de estacionamento com a capacidade de 76 veículos.

O parque é composto: de uma pista de caminhada com a extensão de 830 metros; uma ciclovia com a extensão de 470 metros, ambas asfaltadas com sistema de drenagem e sarjeta de tijolo laminado; duas praças de descanso, equipadas com bancos e sombreamento proveniente do paisagismo; duas praças de ginástica, equipadas com barras, pranchas para alongamento, bancos, bebedor e quiosque; praças, localizadas ao redor da represa, denominadas Mirante, Esplanada, Praça da Sombra, Praça do Sossego, Praça das Crianças e Praça dos Esportes. Todas as praças têm acesso pela avenida Arthur Bernardes, sendo tratadas com piso em concreto, com junta de tijolo laminado e equipadas com bancos revestidos com cacos de cerâmica, mesas de tijolo laminado entre os bancos de alvenaria, bancos de concreto pré-moldado, bancos de cilindro de concreto e caco de cerâmica, lixeiras, bebedouros, mesas de damas e quiosques para venda de sanduíches, refrigerantes, água de coco, para breves lanches.




No caso do paisagismo, a vegetação foi adotada observando-se a volumetria, o aspecto cromático o ritmo e a textura das plantas, além da época de floração de cada árvore. Os artifícios de elaboração do paisagismo do parque visaram possibilitar ao usuário a percepção de contrastes de cores, assim como estimular-lhe as sensações olfativas e visuais. Foram plantados árvores de porte médio e grande, árvores frutíferas, arvoretas, palmáceas, arbustos, plantas herbáceas e forração. A sinalização do parque é feita por postes com comunicação visual e gráfica com a finalidade de indicar o tipo de equipamento, o seu uso, lembrando os deveres e cuidados dos usuários. O parque possui sistema de iluminação e irrigação automáticos .


Projetos culturais - Barragem Santa Lúcia

A Barragem Santa Lúcia além de seu importante papel de reter as águas das chuvas é uma referencia de lazer e integração entre moradores de classe média e de vilas e favelas.

A Barragem é palco de diversos eventos culturais que proporcionam a população diversas opções de lazer.
Ao longo do ano são realizados eventos como; Carnafavela em comemoração ao carnaval; Dia das Crianças, Festa Junina e a tradicional Virada do Ano.


A proposta do parque, portanto, foi de oferecer atividades de lazer dimensionadas para a população num âmbito predominantemente local de uso cotidiano. Com a implantação do parque, buscou-se a criação de um lugar capaz de fazer referência ao “ambiente natural”, de modo a utilizar o potencial da água como ambiência para os encontros sociais, visadas, percursos e aproximações para um contatos com o ambiente natural integrado ao cultural, valorizando seus múltiplos aspectos significantes.





Enchentes na avenida Prudente de Morais


Cenário de inúmeros alagamentos e até mortes no últimos anos, a avenida Prudente de Morais, no bairro Santo Antônio, região Centro-Sul da capital mineira, passou por obras para evitar que novas tragédias se repitam no local. A proposta é aumentar a capacidade de vazão do sistema de galerias pluviais e diminuir o risco de inundações em dias de fortes temporais.

Pelo projeto, uma nova galeria foi construída, já existente sob a avenida Prudente de Morais, a partir da rua Barão de Macaúbas até a rua Bárbara Heliodora, entre as ruas São Paulo e Alvarenga Peixoto, no bairro de Lourdes, também na região Centro-Sul. Segundo a assessoria da Prefeitura de Belo Horizonte, a construção da galeria usará métodos que evitam a abertura de valas nas vias e, consequentemente, minimizam os riscos de interdição do trânsito na avenida durante as obras.

Atualmente, sob a avenida há uma única galeria para o córrego do Leitão, que capta toda a água que desce da região e da Barragem Santa Lúcia.
Em dias de muita chuva, a dimensão do canal não suporta o volume recebido, provocando inundações nas partes mais baixas. Segundo a Carta de Inundações de Belo Horizonte, são três os pontos com riscos de inundação no trecho que será reestruturado.

Esta obra está orçada em R$ 32,1 milhões e conta com os recursos do governo Federal. Incluem trabalhos de desassoreamento da Barragem Santa Lúcia.

A necessidade de intervenções na bacia do córrego do Leitão era reclamações constantes de moradores . A obra possibilitará maior vazão da água, intervindo no ponto mais crítico da região, que é a rua Joaquim Murtinho, entre Marques de Maricá e avenida Prudente de Morais. O local alaga no período chuvoso, causando transtorno e prejuízo para moradores e comerciantes, que têm os imóveis invadidos pela água em poucos minutos.


No caso mais grave, em março de 2009, um casal de idosos morreu depois que o carro em que eles estavam com a filha foi tomado pelas águas da enchente. O aposentado Aloisio Carlos de Paula, de 86 anos, morreu afogado dentro do veículo. Já a esposa, Dalva Rocha de Paula, da mesma idade, chegou a ser socorrida e encaminhada ao hospital, mas morreu quatro dias depois.



Pesca na Barragem Santa Lúcia .


A barragem começou a ser esvaziada no fim de abril, para obras de desassoreamento. Com a água batendo na canela, um grupo de moradores ,retirou 100 quilos de peixes em menos de sete horas.

O comerciante Agnaldo Aniceto da Silva, de 42 anos, e quatro amigos dele não se intimidaram com a água fria e entraram na lagoa munidos de redes. A pescaria terminou por volta de 01:30 da manhã.
“Pegamos mais de 40 traíras e duas carpas grandes, além de muitas tilápias. Foram mais de cem quilos de peixe. Tivemos de usar um carrinho de supermercado para carregar”, contou Agnaldo.
Agnaldo exibia uma carpa de 9,5 quilos e 80 centímetros, o maior peixe retirado da represa. Tanto é que ele recebeu o título de “rei da pescaria” na barragem Santa Lúcia. “Já dei peixe para os outros, vendi e tem gente telefonando para pedir. A notícia foi parar na internet”, brincou ele.
Apesar de já ter lotado o congelador da casa onde mora,Agnaldo pretendia entrar novamente na lagoa. “É uma distração. Além disso, se a gente deixar os peixes lá, eles vão morrer por causa da falta d’água”.Existia vários especies de peixes como as Trairás , Tilápias , Pacu ,  Bagre e Curimatã entre outros .

Consumo impróprio

O responsável pela administração do Parque Jornalista Eduardo Couri, do qual a barragem faz parte,informou que os peixes são impróprios para o consumo.Embora não tenha feito análises na água e nos peixes, a fundação reconhece a possibilidade de contaminação por esgoto. Segundo a assessoria, foram colocadas placas alertando sobre a proibição da pesca, mas elas foram retiradas.
O alerta, no entanto, foi negado por pescadores e moradores do aglomerado. “Nada foi avisado sobre a contaminação”, afirma o ajudante-geral Flaviano Mesquita, de 46 anos.

Desassoreamento da Barragem Santa Lúcia


Além de importante papel estético e climático, a Barragem Santa Lúcia foi construída com o objetivo de amenizar enchentes que ocorrem na Avenida Prudente de Morais.

A lagoa é formada pela captação de água proveniente de três nascentes localizadas no Parque Área das Nascentes da Barragem Santa Lúcia.


Mas ao longo de sua existência a lagoa veio sofrendo com o acumulo de dejetos em seu interior e o crescimento de vegetação em seu meio.




No dia 2 de abril de 2013, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), retomou os trabalhos de desassoreamento da barragem Santa Lúcia, localizada no Parque Jornalista Eduardo Couri.

A comporta da barragem foi aberta para que a área fique totalmente sem água, e assim seja retirado todo o material assoreado. A expectativa é que sejam tirados cinco mil metros cúbicos de terra da Barragem Santa Lúcia, 5% de sua capacidade.

As obras já começaram e a expectativa é que a Barragem restabeleça seu espelho d’água.




terça-feira, 7 de maio de 2013

Corrego do Leitão

O Córrego do Leitão tem as suas nascentes na região sul de Belo Horizonte. O Córrego do Leitão é um dos três córregos que cortam a cidade,os outros dois são Acaba Mundo e o Córrego da Serra. O Córrego do Leitão passa sob varias ruas e avenidas da capital,e deságua no Rio Arrudas.Neste trabalho vamos ver as principais mudanças que o córrego sofreu. Um dos motivos mais claros é a ocupação urbana ( década de 1920) que trouxe malefícios para o córrego.
O Córrego do leitão tem sua nascente localizada na região Centro-sul da cidade.Este parque possui uma área aproximada de quatro mil metros quadrados e uma cobertura vegetal densa, composta por espécies nativas e exóticas. Na área da nascente tinha 8 lotes desapropriados e em 1997 o Parque Área das Nascentes da Barragem Santa Lúcia possui três nascentes que abastecem a barragem do Parque Jornalista Eduardo Couri, mais conhecido como Barragem Santa Lúcia. A água é conduzida até a barragem, por uma extensão de 1.710 metros, passando, respectivamente, pelas ruas Laplace, Harley, Kepler, av. Cônsul Antônio Cadar e rua Michel Jeha. Uma das nascentes forma uma pequena queda d’água no local. A área está inserida na macrobacia 


  
Córrego do Leitão centralizado entre as ruas Gonçalves Dias e Alvarenga Peixoto






segunda-feira, 6 de maio de 2013

Canalização do Córrego Leitão



O Córrego do Leitão, canalizado na área central desde o final dos anos 20, nessa época (Década de 60) havia se tornado um curso d’água extremamente poluído devido ao aumento populacional dentro de sua Bacia. Por isso, no final dos anos 60 tem-se o inicio do fechamento do seu curso d’água na região central e no bairro de Lourdes. Paralelamente ao fechamento teve inicio em Julho de 1970 a canalização e fechamento do Leitão na zona suburbana para a abertura da Avenida Prudente de Morais.




Essa obra visava melhorar o fluxo viário na região que expandia a largos passos além de erradicar da paisagem o curso d’água que havia se transformado em um esgoto a céu aberto, pois o aumento da ocupação das vertentes do córrego nas proximidades de suas cabeceiras desencadeou o lento processo de assoreamento que, nos períodos de chuva enlameava diversas ruas ao longo do seu curso.

Com a canalização a Favela da Alvorada, que existia ao longo do Córrego foi extinta e seus moradores foram habitar o Morro do Papagaio que tem a sua consolidação no espaço urbano como um grande aglomerado nessa década. A finalização da Barragem Santa Lucia, construída para controlar as enchentes do Córrego do Leitão também se deu nessa década. A benfeitoria realizada pelo Poder Publica na região contribuíram em larga escala para a acelerada expansão urbana que teve inicio nessa década e que perdura ate os dias atuais.
Atualmente os bairros pertencentes à bacia do córrego do Leitão na zona sul de Belo Horizonte passam por um processo de acentuada verticalização. Esse processo na verdade teve inicio há quase trinta anos, porém há cerca de cinco anos ele tem se acentuado, fato corroborado pelo aumento de demolições das casas residenciais que existem, principalmente nos bairros de Santo Antonio, Luxemburgo e Vila Paris.

Daí pode-se concluir que está se passando por uma nova remodelação do espaço com o aumento da verticalização e o conseqüente adensamento populacional.


A análise das Plantas Cadastrais e das Imagens de Satélite permite compreender e analisar como se deu o processo de ocupação do Vale ao longo das décadas. A remodelação do espaço, desde o rural do final do Século XIX, a sua persistência ao longo das três primeiras décadas do Século XX devido a prioridade de expansão urbana do Poder Público para os eixos norte e oeste contribuíram para a ocupação tardia das vertentes do Leitão, situação que se modifica de fato a partir de 1940 sendo ocupada em grande parte pelas camadas mais abastadas da população. Nas décadas seguintes, o “boom” populacional e o crescimento desordenado de Belo Horizonte acaba por urbanizar grande parte das regiões pouco adensadas e, a partir dos anos 1970 com a completa canalização do Córrego do Leitão é que temos a configuração paisagística atual, originaria de todo esse processo.













domingo, 5 de maio de 2013

Construção da Barragem


A construção da Lagoa Barragem Santa Lúcia iniciou-se na década de 50. Essa foi criada com o objetivo de reter a água da chuva que provocava inundações sobre as ruas em que o Córrego do Leitão passa. O projeto foi realizado pelo extinto Departamento Nacional Contra a Seca.









A construção da Barragem Santa Lúcia visava toda uma infraestrutura para a formação do bairro Cidade Jardim. A cidade extrapolava dessa forma, os limites da Avenida do Contorno, agora não mais apenas com favelas, mas com boas casas, mansões e edifícios, para uma elite que se expandia com o desenvolvimento da cidade. A fazenda dispunha de um grande manancial de águas, compostos pelos córregos Cercadinho, leitão e Ferrugem, que formavam uma bela e refrescante lagoa nas proximidades da olaria, onde hoje se encontra a lagoa da Barragem Santa Lúcia. A Barragem Santa Lúcia recebeu um projeto de urbanização há 20 anos, a lagoa é, na verdade, uma bacia de contestação e foi construída exatamente para impedir inundações na Avenida Prudente de morais.