sábado, 15 de junho de 2013

Enchentes na avenida Prudente de Morais


Cenário de inúmeros alagamentos e até mortes no últimos anos, a avenida Prudente de Morais, no bairro Santo Antônio, região Centro-Sul da capital mineira, passou por obras para evitar que novas tragédias se repitam no local. A proposta é aumentar a capacidade de vazão do sistema de galerias pluviais e diminuir o risco de inundações em dias de fortes temporais.

Pelo projeto, uma nova galeria foi construída, já existente sob a avenida Prudente de Morais, a partir da rua Barão de Macaúbas até a rua Bárbara Heliodora, entre as ruas São Paulo e Alvarenga Peixoto, no bairro de Lourdes, também na região Centro-Sul. Segundo a assessoria da Prefeitura de Belo Horizonte, a construção da galeria usará métodos que evitam a abertura de valas nas vias e, consequentemente, minimizam os riscos de interdição do trânsito na avenida durante as obras.

Atualmente, sob a avenida há uma única galeria para o córrego do Leitão, que capta toda a água que desce da região e da Barragem Santa Lúcia.
Em dias de muita chuva, a dimensão do canal não suporta o volume recebido, provocando inundações nas partes mais baixas. Segundo a Carta de Inundações de Belo Horizonte, são três os pontos com riscos de inundação no trecho que será reestruturado.

Esta obra está orçada em R$ 32,1 milhões e conta com os recursos do governo Federal. Incluem trabalhos de desassoreamento da Barragem Santa Lúcia.

A necessidade de intervenções na bacia do córrego do Leitão era reclamações constantes de moradores . A obra possibilitará maior vazão da água, intervindo no ponto mais crítico da região, que é a rua Joaquim Murtinho, entre Marques de Maricá e avenida Prudente de Morais. O local alaga no período chuvoso, causando transtorno e prejuízo para moradores e comerciantes, que têm os imóveis invadidos pela água em poucos minutos.


No caso mais grave, em março de 2009, um casal de idosos morreu depois que o carro em que eles estavam com a filha foi tomado pelas águas da enchente. O aposentado Aloisio Carlos de Paula, de 86 anos, morreu afogado dentro do veículo. Já a esposa, Dalva Rocha de Paula, da mesma idade, chegou a ser socorrida e encaminhada ao hospital, mas morreu quatro dias depois.



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